terça-feira, 3 de junho de 2008

EU VOU MARCAR SUAS COSTAS...

Eu vou marcar suas costas com metas e desejos
Quero lembrar de coisas que desfiz no meu quintal
Já mostro as minhas ancas,
fitas de desejos.
Do meu desespero canto este final.

Já disse outro dia,
qualquer dia é um enterro.
Para o seu medo marcar o meu punhal
Quero montar os
lentos
fatos
tetos
Dizer magia e me lançar ao meu umbral
Me traz tanta folia que despeço o meu destino
Razão de cada hino,
em cada dia de divino
Imagem preta do lirismo meu irmão
Faz tempo que possuo essa beleza de menino
No entanto o verso encanta cada gesto uma canção
Me diz o que te anda machucando esse rojão
Faz letra passear em cada gesto um milharal
Dancei em prato lento, terra boa e viscosa
De certeza trago essa nossa prosa
O que quero é mar negro, falso piso
Me acabar na brisa desta ira
Afundar em cada morte,
o meu livro.
A certeza invade, anda, canta e chora
A tragédia já faz parte dessa hora

Quando em gozo morre vida morre morto
O cadáver é monumento do prazer
Já que o explode feito gozo, a morte
Morrer nada mais é que ter prazer

Davyd Cejinski

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