terça-feira, 3 de junho de 2008

ARRISQUE O SEU CORPO EM QUALQUER....

Arrisque o seu corpo em qualquer historia de partida.
Verás que nada cala a alma de trás do morro da memória
A vida é paz que se quebra na rotina
Ainda que teu corpo dance um samba sobre o dia
Faz um tempo santo
Onde qualquer silencio arrasa o seu corpo nu
Par perfeito na hora do meu trânsito
Qualquer pranto me ataca no baú
Já dizia, eu já dizia quando dorme
Que falecer é correr em utopia
Na minha barca quente e esquecida
Jaz sua vida em folia repetida
Me traz um banco qualquer que eu me mudo
Fico sentado em outro lado do meu mundo
De traz do morro da memória já vai longe
A lucidez que me trucida e me corrompe
A minha vida já faz tempo que esqueci
De traz da morte minha mascará sorri
Que tanto faz onde me encontro agora
Quando lá fora só resta mar nessa memória
Me arranca longe no fundo do meu olho
Do torto comboio que dança no teu jogo
A lancinante historia de partida
Agora é tudo que fica no caminho
Essa fazenda onde piso em outro vinho
Por mais que a arte seja parte do meu cais
Já há algum tempo onde tudo tanto faz...
E na poesia onde eu ria outros tantos
Catei minha dor pra rimar os meus silêncios
É a ausência que mora em mim e me convém
Já nesse cais onde qualquer coisa é fugaz
A tatuagem marca a alma imoral
Em toda morte existe a festa do silencio
Que nem poesia traduz o seu jogral
A morte em tempos de corpo narrativo
Desfila o samba na rua do juízo
Parte da vida contada nessa historia
È pura gloria de outro riso, outro riso.
Então cantai o meu fatal destino
Grego silencio que toca no meu hino
Faz tempo então no trem da minha ausência
Que vou pra frente em franca decadência



David Cejkinski

Um comentário:

RÔ_drigo disse...

amigo seu blog começou com td hein??
sucesso!!!!