terça-feira, 3 de junho de 2008

ACELERO FEITO CARRO...

Acelero feito carro na estrada.
Quero me deter nos teus poros de pedra
Faço de tua pele uma escada mítica
E lembro que eu gosto da minha dorzinha solitária
Gosto do meu aquário de lagrimas
Não sei como fui te encontrar em um mar de corpos

Me diz uma sonata metódica?
Me explica o que acontece em tua pele salgada?

Como em uma calada de morte, assim foi quando eu te vi intrínseco na minha pele.
Daí foi como dizem que é.
E eu já me detonei nesse samba.
Mesmo sabendo o final.
Olhei pro céu que te apresento em vigília
Você nada sabe dos astros

Você gosta de mim?
Me explica como funciona o teu mapa astral? Explica?

Persigo a tatuagem dos meus dias.
Mantendo sempre esse dilúvio em voga.
Me retira e me tira da minha ira?
Faz tanto tempo que tudo me apavora
Feito as pontes do centro da cidade
Tenho talento para as quedas suicidas.

Dói amar?
Me explica como é que a gente faz quando não se sabe se ama?

Eu já quero derramar o meu copo em vinho doce.
Mesmo sabendo que vou ficar bêbado no final
E nada vai ser urgente
Nem o meu corpo vai gritar seu nome.
Talvez minha alma ainda retraia seu sorriso
E como em uma bossa-nova vou falar que não sei amar.

Você já amou?
Me explica como é que se faz amor?

Davyd Cejinski

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