terça-feira, 3 de junho de 2008

EU QUERIA...

Eu queria para sempre ouvir uma musica sua.
Delirar em teus braços.
Juntar os meus gritos.
Navegar no meu rio.

Eu quero amar sem pecado
Quero fluir e lamber meu veneno, me perder no vazio...

Sua língua que goteja edifícios no asfalto.
Quero quebrar seus retratos de dores.
Justifico humores.

Lamento o meu rio.

Giro, giro e me largo, me entrego sozinho ao passado...
Assim de leve no teu rosto macio.

Este silencio gelado,
Um quê de pecado,
Uma dor arredio...

Um hino parado,
Um som de tempo no medo,
Um gozo concreto e vadio.

Poema imundo de sexo, porra e vazio.

Eu queria falar à você sobre minha letra de espermas.

Queria traduzir palavras paradas no espaço.
Os seus ovários escorrem em sua virilha à temperar minha boca, minha saliva.
Eu quero matar sua ilha.

Vomitar o instante do gozo no dia.
Me calar de poesia.

Tremer no valente instante de vida,
Onde na minha alma partida.
Me entreguei aos teus seios rosados, me afoguei ao seu lado,
Desmaiei no meu rio...



David Cejkinski 06-09-07

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