terça-feira, 3 de junho de 2008

ERAM DIAS...

Eram dias de pratas pesadas.
Desmanchavam lanternas, arrasavam corpos construídos.
Era de fato um retrato moldado.
Fazia mal chover os teus próprios braços
Os seus princípios carcomidos de seu passado
Bem que dizia o truque de todas as historias.
Mas nada fazia arrasar aqueles dias.
Do alto desses milhares-de-céus-e-momentos.
Faziam bailar seus momentos
Como um estrondo no fato
Arremessava a pedra de seu estranho mercado.
Mas nada calava ou sorria, era de fato o escrito daquela historia.
Causava vitória em pecados capitais
Fragmentos, metais catatônicos e mecânicos nos versos tétricos.
Piscina de cal, areia de vidro e nada que um hino desbravasse o seu veneno letal.
Era de prata o seu mal.

E ai que chegou: e ela me disse um romance.

Fazia cada parte o grito de todas as vozes.
Um rito assim destoado, e nada que um bravo destruiu seu momento.
Arruinava lamento na chacina da glória.
Eram palavras de rouge as suas historias.
Aqueles dias foram como metáforas em surrealismo.
Um falso piso no meio das horas.
Amanhecia e fazia um tempo gostoso de dia-normal.
Fazia e me fazia normal
Eram verdades aquelas palavras.
Deslizavam como rosas vermelhas na calçada.
Tirei uma fotografia de paz.
E quando achava que nada era fugaz:

Ela me disse um romance.

E cada parte do corpo se abriu de relance.
Quando eu dancei em meu manto.
A palavra fez sentido na calada do corpo.
E ela me contou minhas chances
Dias de mel e ladrilhos de fel.
E ela me disse que sim
E em cada momento fazia a palavra não ter fim
Ela me disse que era assim como cinema e pipoca
Eu disse que a tristeza mora sempre na minha rota
E ela me disse um romance.

E mesmo quando a historia acabou.

O romance ficou.

Davyd

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