terça-feira, 8 de junho de 2010


Este sol redondo
Que bate no rosto
Me molha de paz
Correndo eu dizia
Em sua ilha
No meu partido
Já sou velho amigo

Este sol redondo
De bandas passadas
Queimando alvoradas
Nos pactos-peles
Náuseas rosadas
Um segredo desdito

O sol redondo
Medonho espelho
Em fevereiro
Ao gosto de deus
Eu alta saudade
Na terra boa
Esfreguei vontades

O sol no céu
O céu meu pão
Milhares de réus
Espalhados no mel
Em rotação
Mordo faminto
O meu vulcão

O sol me lava
Escorre dizendo
Em intuição
Eu sou anuncio
De rompimento
Na tarde de outono
Do teu porão

O sol mar de tantos
A sombra de todos
Respeita meus cactos
Grudados na pele
Nos cantos do peito
Lá sobram momentos
De transição

David Cejkinski

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