sábado, 19 de junho de 2010

Ele dizia sempre que sim
Um amor largado no balcão do bar
Ele dizia em tempos de mascaras
Pregadas, sagradas promessas
Em algum prédio do seu desejo
Um tempo de memórias de canas
Soprados açucares
Em cabelos de anjos
Ele dizia que sim
Em qualquer avenida suja
Da America Latina
Minhas caladas historias de amor
Já é parte de guerra conhecida
Em outros continentes
O verde marcado em tuas fronteiras
Beijando teus olhos primeiro
Em derradeiro encontro
Repartido no meio
Como um salmo perdido em Israel
Encontro marcado
Pular mares mortos do mediterrâneo
Pular pares postos em bombas minadas no coração suburbano
Brasileiro
Perdido em tuas fronteiras ao pé do ouvido
Muçulmano, ou pai-de-santo em terreiro?
Livre momento santo para o corpo-paz
Livre! Eu dizia tanto que meu momento era fugaz...
Por isso venha me mostrar
Outras mentiras pretas em seu passado de gloria
Pois nada sei sobre teu país, sobre tua pátria
Esse corpo que mata adentra já desembarca
Outros terrenos e historias caladas
Abra as asas em pares-cidades-moradas-que-já-não-queres-nada
Em tua alvorada
Imaculada de sol
Ao redor de outros arcanjos peço-lhe então:
Profecias curadas de poesia ao meu coração

David Cejkinski

Um comentário:

Flá Magalhães disse...

Que sua inspiração siga adiante, sempre, radiante, e calmamente.