domingo, 15 de março de 2009


È quando não estou em mim
E vou assim, não sei pra onde.
Entre outras tormentas
Entre outros muros arranharei a fuga
È de dentro que me perco no chão do corpo
È de fora o respiro suave, outra hora mansa que me invade.
Quando varrer os medos é o caminho
Quando aliviar e limpar a nascente é o melhor remédio
Quando se perder tem algum sentido
Quando o romance se escreve e não é escrito
Outra hora
Metade nova
Que tanto passa noutras praças que não chora
Voz de dentro quando cala não tem hora
Outros tempos
Desaforo
Ao lançar metas livres do ponto de partida ao retorno
Que se desespera
Depois se cala, não se apega.
Se desfaz
Como um rio
Lamentando o desaguar feito um arrepio
David Cejkinski

2 comentários:

Raoni Bories disse...

"Ao lançar metas livres do ponto de partida ao retorno
Que se desespera
Depois se cala, não se apega."

entendi aqui comigo.

abraços,

RÔ_drigo disse...

Simples e pura!!
Sexual e Voluptuosa!!
E quem disse que essas 4 palavras ñ se misturam no ato... e nesse ato(poesia davidsenta)!!!!!