quinta-feira, 1 de abril de 2010


Se hoje senhor é dia de gloria
Minha pele reclama um vento mais seguro
Do ventre da mãe
Karma-nascimento
Hoje descobri a morte
Andando na avenida central
Aceitando na pele a incompreensão da vida
Chupando de palitinho na beira da praça
Com óculos escuros, pedindo carona para outras estradas.
Me mude, me toque, diga que me ama.
A sensibilidade é uma poesia que engana
Nostalgia
De rezas praticas
De monumentos, pausas, anseios, pesquisas sentidas.
Menos elaboradas
Hoje senhor é dia de gloria
Para esquecer outras encarnações
Se entregar para o deleite dos planetas
Confissões-humanazinhas
Na beira da orelha de Deus
Hoje senhor é dia de comprar a morte na papelaria
E pregar no mural do quarto
Ser outro horizonte

Não sei de outras possibilidades
Não sei de outras quadraturas e sinastrias
Outros borrões que irão surgir em sua pele...
Não sei de seu horóscopo-dia
Hoje é dia de gloria
Já que não entendemos muito sobre nós
David Cejkinski

2 comentários:

Flávia Magalhães disse...

Lindo Dav. Sim todo dia é dia de Glória.

Flávia Magalhães disse...

Lindo Dav.
Sim, todo dia é Dia de Glória.