
Para Camila di Stefano, Débora Gobitta,Jacqueline Torres e todas as mulheres.
Sempre sem mistérios
Eu gosto de ser mulher
O ser que brota abismos
Longe da terra
Sempre à beira mar, à deriva de qualquer historia.
Em terremotos frágeis
Que me dilui
Me traz cala frios nos lábios
Nos contornos, esse gosto que me suga mais
Para dentro e sempre fundo
Elevador de caricias
Milimétricas pistas
Morar a deriva
E o corpo renasce
Padece de útero
Escorrem óvulos ancestrais
Eu gosto de ser mulher
De beijar sem minhas línguas
Do tesão sempre à tona
De pisar em minha terra
Úmida, assassinada de fertilidade.
Amaldiçoada de vida
Nos vincos plenos
Como um grande campo em dia de sol
De rolar em mim mesmo
Sou o mar que acalanta e traz tempestade
Sempre naufraga de minha ilha
Na pele salgada
Do próprio veneno
Atlântida existe em minhas entranhas
Eu gosto de ser mulher
David Cejkinski
Sempre sem mistérios
Eu gosto de ser mulher
O ser que brota abismos
Longe da terra
Sempre à beira mar, à deriva de qualquer historia.
Em terremotos frágeis
Que me dilui
Me traz cala frios nos lábios
Nos contornos, esse gosto que me suga mais
Para dentro e sempre fundo
Elevador de caricias
Milimétricas pistas
Morar a deriva
E o corpo renasce
Padece de útero
Escorrem óvulos ancestrais
Eu gosto de ser mulher
De beijar sem minhas línguas
Do tesão sempre à tona
De pisar em minha terra
Úmida, assassinada de fertilidade.
Amaldiçoada de vida
Nos vincos plenos
Como um grande campo em dia de sol
De rolar em mim mesmo
Sou o mar que acalanta e traz tempestade
Sempre naufraga de minha ilha
Na pele salgada
Do próprio veneno
Atlântida existe em minhas entranhas
Eu gosto de ser mulher
David Cejkinski
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