sábado, 29 de janeiro de 2011

Para Carolina Angrisani

Diferente são suas rodovias
Seus painéis de silencio
Estampados para quem quiser ouvir
Tal alegoria
Diferente são os seus precipícios
Suas cicatrizes
Sua boca
Sexo, edifício
Marquises
Dor
De passagem na estação de metrô

Vem, vamos valsar em outros trilhos
Outras mentiras-mortas
Outros amores de cristal
Vamos equilibrar a felicidade
Não usar aquela coberta-saudade
Que vem sempre nos permear
Vem, dizer que a vida é torta
Lançar sua historia posta
Em violinos desafinados para nos julgar

Quero secar sua maldade
Arrancar pedaços dos teus cabelos-nostalgicos
Esfregar em teu corpo este teu calendário
Suas cinzas guardadas nas dobras da pele
Que deslizam por onde passas
Derramando uma estrada
De amor e ausência

David Cejkinski

Um comentário:

Anônimo disse...

Quase um ano depois, só um ano depois, recebo essas palavras, presente, carinho. Tudo em seu tempo! Amo você David! Carolina Angrisani