domingo, 25 de julho de 2010

SEM SAÍDA

Olho nos teus olhos
E continuo lento
Como quem vai vivendo...
Quantas vitrines refletidas nos seus olhos?
Silencioso
Pássaro marrom na estrada
No-horizonte-barcas-partidas
No porto
Quem sabe? Quem entende? Quem explica?
Tamanha entrega...
Já ressuscita
Aquilo que mora dentro
É escuro
Manso e lento
De desespero
Chove, molha manhãs melhores
Outro amor a tempo
Fotografado anonimamente na avenida
Abraços marcados
Vento
Mortes, pontes, risos, seios
Para matar desejo
De embriaguez tomada
Valseia comigo dizendo
Uma opera-soneto
Outro apego
Outra lamuria
Beije-me em cada momento
De silencio vasto
Qualquer volúpia
Ondas, marés, são mortes batidas no cruzamento
Sinal vermelho
Mais uma vez outra paixão no fim do espelho...

David Cejkinski

2 comentários:

Flávia Magalhães disse...

Hummm...
Que belo, Dovid.
Beijos para você.

Roberta Del Carlo disse...

lindo como sempre....
inevitável.