quarta-feira, 12 de maio de 2010

O que move dentro de ti é seco
Áspero
Largo e de fino trato
Mas com cara de espanto
E anda
Por oceanos
Fúnebre, e aquele tanto...
Num canto dos olhos
Nessa cidade sem horizonte
Distante
Afogado de pára-quedas
Saltos perdidos na rede
Malabaristas de ansiedade
Implorando respostas na esquina
Preciso de entrega louca na estação-cantante
As 13:30; horário de almoço
Nessa cidade sem horizonte
Gavetas serenas
Sorrisos descartáveis
Moradias portáteis de horror
Preciso de sua pele dentro daquela coisa áspera
Nessa cidade sem horizonte
Movendo-se dentro de nós
Todos –os-dias-repletos-urbanos
Brandos
Facadas de espanto no horário do rush

David Cejkinski

Um comentário:

flávia magalhães disse...

Quanto ritmo Dov.
Cada vez melhor.
Caramba...
Beijos,love you honey.