sábado, 30 de janeiro de 2010


Eu trago rosas para o meu corpo
Ofereço a mim
Paz enclausurada das montanhas chilenas
Abro sobre a pele e deságuo
Ondas marinadas de poesia

Que flutuam
chegam
estacionam
e silenciam

Hoje maremotos
Mansidão

Dentro de mim planta calma
Dentro de mim açúcar
Pasta doce de amendoim
Sereno sem fim
Sobre minhas matas
Olhos-bezouros
Castas gatas
Canoas-canelas
sem temperos
mazelas

trago rosas ao meu corpo
para soprar flauta doce
para rezar em hindu
tirar de mim outros tabus
se perder em jerusalém
falar em tupi guarani

pintar a pele avermelhada
ser paixão-sagrada
em frente ao relógio digital
daquela mesma avenida

David Cejkinski

Um comentário:

Flá disse...

Muito bonito, Dovid.
Tranquilo e sereno.
Agora queria ter acesso aquelas outras poesias, lembra?
Você disse que as mandaria para que pudesse ler.
Um beijo e rosas para você.