quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Francis Bacon
Vou lhe dizer
Sou a maquina de guerra
Automóvel destruidor em rotativa espera
Vou lhe dizer a pátria se desespera
Com arranjos floridos de náusea
Caminhando, tremulas bandeiras assassinam os olhos
Por esses tempos
Hoje sou fabrica
Amanha sou morte
E depois quem sabe?
Sou um mártir
Repleto de medalhas e sorte
Depois da morte
Mirar uma ilha paradisíaca e se perder ali
Com meu corpo, minha industria
Procurar uma obra de Salvador Dali
E se eternizar
Como produto
Pego ônibus, lojas, bares, sou sempre tão absoluto
Que deslizo
Maremoto
Ando meio que de luto

David Cejkinski

Um comentário:

RÔ_drigo disse...

Puta que pario!!!!!To chorando aqui, por mais inconciente que seja que homenagem linda, mais tocante pra vovó!!
FODASTICO^_^