quinta-feira, 14 de maio de 2009


Para os artista que construiram o espetáculo “Justine”

Por favor, me largue por ai!
Em hemisférios terrestre,
banido e sultão.
Que já tem alguns meses que o meu coração pede
Grita!
Eu quero ser libertino e reverter à vida!
Do avesso
Ah qualquer preço eu posso me quebrar
Por favor, não pare mesmo que de luto.

No mote o assunto é o que o final resolve
Sem pé na estrada
Sempre na estação
A voltar, a voltar...
De narrativas loucas que me destroem
Como dói
Como chora as vítimas em balões rasgados
Tetos de cinza
Mudos, apáticos.
Lombrigas a sussurrar esquinas, vadias, libertinas...
Com pernas santas que maldizem ao carrasco

Me liberte na vida, me liberte!
Me deixe ser libertino como um funeral terrestre!

A não ser que tudo morra um dia
Com urgência, com sangria...
A não ser que tudo sofra um dia
Com ganância, maledicência...
A não ser que tudo sangre um dia
Com chicotes mal tocados
A não ser que eu gema um dia
Com calmaria, sem arrogância.
A não ser que eu assassine um dia
Por capricho, puro gozo.

A não ser que eu não minta mais.

David Cejkinski


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