domingo, 7 de novembro de 2010


Entre os passos do meu sapato

Trespasso meu corpo
De ultraleve
No meio de um dia-aspirina
Um bilhete-de-guardanapo
Abandonado em balcão de padaria
Intensidade, é noite
Por onde ando volante
De caminhão-doce
Sem amante

De outro prumo vou sem juízo
Um rumo metafísico
Verso de engano
Sentimento Latino na mão
Gesto dolorido
Um salto tamanho
Voz de soprano
Batendo no asfalto
Sem rede de proteção
Por que não?

David Cejkinski

3 comentários:

RÔ_drigo disse...

aim,doeu,rs,adorei!

Flá Magallhães disse...

Adoro bilhetes de guardanapo.

RÔ_drigo disse...

DOGlandia saiu um pouco do mofo,rs,qdo der da uma conferida;D