terça-feira, 19 de outubro de 2010

Depois da meia noite
A rosa dos ventos brotará em teus cabelos
Ela vai manchar sua pele de paixão cabreira
Virgem pronta para ser despedaçada
Por selvagem boca

Depois da meia noite
Os passos já não tem fronteira
Onde a pele rasga perdida de toda estribeira
Forte soco vai manchar historia inteira
Depois do gozo

Depois da meia noite
O lodo engole um vasto canto colossal
Pedras são atiradas neste carnaval
Um momento exato de ser poesia
Ou uma ilha

Depois da meia noite
Decido ou não se vou com roupa de bailado
Ou outro rosto neste meu noivado
Examinar toda minha vida, com despedida
Já sem saída nestes nossos olhos

David Cejkinski