sexta-feira, 31 de outubro de 2008

E se passou...
Transitório
Discreto, em forma de ancora.
Sufocado por corpos que dançam o dia
Por entre paralelepípedos, à espera.
O Efêmero
Como vomito
Na surdez dos néons
Chicoteiam falas, tempos, ser sempre...
Logo em frente ao constituído espelho
Veste-se a pele entupida do tempo
Escorre nas pálpebras lagrimas de ponto de ônibus
A se perder nas paralelas
Que escorrem, acabam.
É bom deslizar
Conectar a si mesmo
Já é tempo do norte chegar
Em linhas sérias de firmamento
Não mais transitório
Consigo em suas linhas o manifesto pleno de nossa solidão.

David Cejkinski